Ao deixar São Tomé e Principe… / English version under construction

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Ao deixar São Tomé e Principe…

Uma semana depois deixo o primeiro país desta aventura! Objectivos alcanzados!
Descompressão natural, conheci gente ajudei outra, momentos à turista, de festa, a sós e videos do Sporting feitos 🙂

Deixo a ilha com um mixto de sensações; por um lado vi pobreza extrema (nunca vi fome) por outro o que já sabia…uma alegria na gente e uma naturalidade que só existe em África.

Vi um povo que trabalha para sobreviver…uma luta diária sem economizar! Penso mesmo que abandonado pelo seu governo. O emprego é pouco e mal pago, preferem viver assim a serem explorados.

As roças (terrenos) em tempos zelados pelos portugueses foram divididos por todos… sabem que já não é o mesmo (edificios a cair e deixaram de utilizar as máquinas…) mas os dias vão passando e o pão não falta.

É um país com uma natureza única, praias virgens… muitas crianças, sem nada, mas creativas e felizes à sua maneira (tem como 4 filhos por família…).

Vivem em “equipa”, dão a mão entre todos e assim tudo é mais fácil… impressionante.

Vivi situações interessantes que sempre passam nestas viagens:

– o Padre sem euros para o visto,

– o motoqueiro que terminou a noite lutando com o irmão,

– o furo na moto,

– a ida para uma festa na carroçaria de uma pick-up (momentos q me fizeram recordar o meu tempo de bombeiro),

– ir urinar à mata perto da festa…olhar para cima e ver cachos de bananas ao som do mais puro batuque africano ao vivo!!!!

– dançar kizomba com as africanas na sua discoteca improvisada com folhas de Palmeira,

– a electricidade em Príncipe (a gerador) que termina ás 2am,

– Henry, o zimbabweano avô e feliz em São Tomé,

– o taxista com 11 irmãos,

– o peixe servido sem talheres pela “fôfa”,

– a boleia com o procurador da Répública,

– o senhor que pediu para levar umas hortaliças para a familia em Principe, dentro do limite do meu peso,

– os restaurantes de Príncipe sem condições mas com colunas de som de nível 🙂

Agora toca mudar de país, língua, costumes mas seguindo em África.

Siga o caminho!!!

PS: Já hoje em Accra fui entrevistado antes de entrar no avião da South African Airways.

Parecia-lhes estranho dizer que ia descansar ao percorrer 16 países em 6 meses…com duas malas…ficando dois meses na américa latina…a coisa ficou mais calma ao dizer que tinha nascido no zimbabwe.

Por vezes até para descansar é dificil convencer as pessoas…

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